O Rotary Club de Águeda, contribuiu para a construção e equipamento de salas de aula, com um donativo de 300 euros, beneficiando comunidades carenciadas em Messica, Moçambique, procurando fazer a diferença na vida destas crianças.

Este foi um desafio feito pelo Projeto dos Cônjuges, do Rotary Distrito 1970, em parceria com a The Big Hand – As Crianças Primeiro, uma organização não-governamental para o desenvolvimento, que promove o bem-estar das crianças, que vivem em condições desfavoráveis, garantindo desta forma, o acesso à educação, aos cuidados de saúde necessários e nutrição, a água e também ao saneamento básico. Este donativo que à partida pode parecer escasso, fará parte de um esforço conjunto que esse sim, permitirá alcançar o objetivo pretendido.

Através do modelo centrado na criança, esta ONG, constrói escolas, investe em equipamentos, na formação de professores e desenvolve ainda, em parceria com agentes locais, programas inclusivos que têm como objetivo, preparar as crianças para os desafios que vão enfrentar ao longo da vida, em estreita ligação com a comunidade onde estas vivem.

Por acreditarem que crianças educadas num ambiente saudável irão mudar o mundo, e onde todas as crianças serão tratadas com dignidade, garantindo-lhes acesso: a proteção, nutrição, água, saneamento, saúde, abrigo, informação e educação de qualidade que lhes permita atingir todo o seu potencial e dessa forma contribuírem para a sua comunidade e para o mundo, o Rotary Club de Águeda, abraçou este projeto.

“Infelizmente, ainda cerca de 70 milhões de crianças não vão à escola e, por outro lado, mais de 50% dessas crianças estão na África Subsaariana, ou seja, é de facto a pobreza e a falta de recursos, que mantêm as crianças afastadas da Escola” referiu o Presidente do Rotary Club de Águeda, Carlos Franco. “A construção e melhoria de escolas, bibliotecas, a formação de professores, e proporcionar um ambiente limpo e seguro, são determinantes para as crianças” lembrou e alertou, destacando a sensibilidade que o Movimento Rotário tem por estas causas.

Porque surge este Programa?

Segundo os dados das Escolas em Comunidades que vivem no limiar da pobreza extrema, cerca de 30% dos alunos são órfãos e 20% estão em risco de abandono ou orfandade, isto é, um dos pais (às vezes ambos) já está doente ou abandou a família.

Significa que, numa escola com 600 crianças, 300 estão extremamente vulneráveis a situações de risco como: Abandono escolar, casamento e gravidez precoce, trabalho infantil, exploração sexual, trafico de órgãos e escravatura.

Desta forma, apesar de todas as crianças da comunidade estarem em risco, porque vivem em situação extrema, é preciso agir nas crianças cujo risco é iminente.

Nasce assim, o Programa de proteção à criança em risco.

Um grupo de Ativistas Big Hand, formados em Direitos Humanos, Primeiros Socorros e desenvolvimento da criança que promovem ações de vigilância, educação e desenvolvimento cultural, servindo de escudo entre as crianças e os predadores.

Este grupo trabalha em parceria com as entidades locais (escola, posto médico, polícia) e em especial com o Clube das Mamãs.